A morte nasce no mesmo instante em que nós nascemos. Acompanha-nos durante toda a vida, a todo o momento, seja ele bom ou ruim, está sempre por perto para nos lembrar de que a vida é curta, rápida, instantânea. Não é necessário muito para que ela acabe, nem tão pouco, para que comece.
Passamos a vida toda pensando no que queremos, fazendo planos e esperando ansiosamente para que estes se concretizem sem se quer pensar que um dia, todas essas expectativas, todo o medo e todo o orgulho que guardamos cairá diante da face da morte. Perante esta, nada faz sentido. Nada é o que parece ser. O certo já não soa-nos tão certo, a felicidade entristece, a tranquilidade se agita e o amor se desfaz. Perto dela, tudo parece nada.
A morte nos assombra. Sabemos da sua existência, mas ainda assim, preferimos oculta-la. Fingimos que tudo é vitalício, para que nem tudo pareça tão confuso e inútil.
A vida e a morte andam lado a lado, já que uma depende da outra para existir, no entanto, será isto justo? Será possível que este ciclo tão cruel e impiedoso seja justo? Será justo que um ser vivo tenha que necessariamente morrer para que outro nasça? Alguns ousam dizer que nada na vida é justo, mas a visão de justiça em si, não é total e completamente justa. É complicada e pessoal. Algo pode parecer totalmente justo aos meus olhos e ao mesmo tempo, parecer injusto aos seus. É muito relativo, e por este motivo creio que não devemos julgar o quão justo o ciclo da vida é. Temos que aceitar apenas aceitar que as coisas são assim, os dias nem sempre são belos e as noites nem sempre tem luar, mas uma coisa é certa, a vida é programada para ser exatamente como é.
Então a morte tem que ser aceita sem que seja necessária uma justificativa plausível para tal acontecimento? Há uma justificativa e embora não seja plausível, por hora, é única e, consequentemente, incontestável: Alguns têm que morrer para que o nascimento de outros seja possível.
A morte é inevitável, incorrigível e principalmente, necessária.
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